Eco02006 2o. semestre de 2009
Prof. Ronald Hillbrecht
ottohill@ufrgs.br
Programa da Disciplina

Primeiras aulas

Veremos o vídeo Commanding Heights, uma interessante história da batalha de idéias do século XX. Além do vídeo, confira os comentários do Cristiano Costa e leia também este link aqui.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

A Riqueza das Nações

Este é o primeiro tema para estudo e discussão.
i) Leia o artigo "Sweep Away the Barriers to Growth", de Martin Wolf (pg. 24 e 25 do nosso livro texto - doravante I.M.)
ii) Acesse o site "Governance Matters 2009", do Banco Mundial. Ele tem informações atualizadas sobre as seis dimensões de governança apresentadas no exercício seis das pgs. 26 e 27 de IM. Gaste algum tempo visitando o site, para entender o significado destas dimensões e assimilar o seu conteúdo.
iii) Acesse o site "Economic Freedom of the World 2009", do The Fraser Institute. Gaste algum tempo visitando o site, para assimilar o seu conteúdo. Em particular, leia o capítulo 1 "Economic Freedom of the World".
iv) Resolva os ítens a e b do exercício seis das pgs. 26 e 27 de IM. Publique sua resposta nos comentários.
v) Compare os países do exercício seis usando a informação do índice de liberdade econômica acima. Responda novamente o ítem b.

Observação: Sua resposta deverá ser publicada nos comentários deste post até 21/09 às 12:00.

22 comentários:

Unknown disse...

a) Os países que tiveram maior crescimento do PIB per capita, no período analisado, foram Botsuana, Coréia do Sul e Chile. O país que possui maior renda per capita é a Coréia do Sul.

b) Sim, é possível verificar que os países, que obtiveram maior crescimento do PIB per capita (Botsuana, Coréia do Sul e Chile), possuem indicadores institucionais, como controle da corrupção, eficácia governamental, estabilidade política e percepção de violência, regra da lei, qualidade regulatória, liberdade de expressão e transparência, melhores do que os de seus países vizinhos (Zimbábue, Coréia do Norte e Argentina).

b2) É possível verificar que os países, que obtiveram maior crescimento do PIB per capita, possuem melhor índice de liberdade econômica do que o de seus vizinhos, conforme ranking: Chile (8.14 - 5º), Coréia do Sul (7.45 - 32º), Botsuana (7.12 - 50º), Argentina (6.10 - 105º) e Zimbábue (2.89 - 141º). Coréia do Norte não faz parte do índice.

Unknown disse...

6)
a) A Coreia do Sul experimentou visivelmente taxas de crescimento maiores para todo o período (com exceção de uma única queda, provavelmente decorrente da crise asiática em fins da década de 1990). Ela foi mais rica que a Coreia do Norte desde que se tem notícia, mas a diferença tem aumentado drasticamente após a separação das duas.
A Argentina teve um PIB per capta maior que o do Chile em todo o período até meados da década de 1990, quando foi então superada. Enquanto o Chile enveredou por uma trajetória ininterrupta de crescimento desde o início da década de 1980, a Argentina vivenciou grandes oscilações no seu produto, culminando com uma abrupta queda em 2001-2002.
O Zimbábue manteve uma renda per capita mais elevada que Botsuana até inícios da década de 1980. Desde então vem sendo superado por uma diferença cada vez maior, dado o crescimento relativamente rápido de Botsuana e o verdadeiro estado de estagnação em que se encontra a economia do Zimbábue

b)De fato, cada uma das economias mais ricas no ano de 2000 tinha índices de liberdade econômica melhores que seu respectivo par no exercício. Os dados agregados atualizados do Economic Freedom of the World 2009 confirmam isso. E eles dizem mais: o rating da Argentina (5,29) era maior que o do Chile (4,31) em 1975. Em 1980 os papéis já haviam se invertido, o que aproximadamente coincide com a escalada do PIB per capita chileno. Botsuana teve um indicador melhor que o do Zimbábue em toda a série, mas a diferença aumentou enormemente ao longo do tempo. Em 1980, a diferença entre os dois indicadores era de 0,69 pontos; em 2007 era de 4,29. (Infelizmente a pesquisa não traz dados da Coreia do Norte que permitam uma comparação).

Unknown disse...

a) A comparação entre os países mostra maior crescimento de PIB per capita para Coréia do Sul, Chile e Botsuana, se respectivamente comparados com Coréia do Norte, Argentina e Zimbábue. Para a primeira comparação, sem sombra de dúvidas a Coréia do Sul é mais rica. No gráfico analisado até meados dos anos 2000, a Argentina apresentava um PIB per capita maior do que o chileno, fato que já havia sido revertido em 2005 (comparação baseada nos dados do banco mundial). Botsuana também é mais rica (incomparavelmente) do que o Zimbábue.

b) As instituições corroboram para a análise de quão úteis as mesmas são para permitir o melhor funcionamento da economia, garantindo direitos de propriedade e eliminando custos de transação. Instituições com melhor funcionalidade proporcionam maior liberdade (como constatado pela tabela dos índices de liberdade: Coréia do Sul, Chile e Botsuana aparecem com 7.45, 8.14 e 7,12 respectivamente; entre os seus comparativos, Argentina é a que melhor figura, com 6.1 enquanto que Zimbábue aparece em último colocado, com 2.89). Comparar países vizinhos permite inferir a respeito das suas instituições, pois suas condições climáticas, naturais e até mesmo culturais, são bastante similares, intuindo que as discrepâncias sejam advindas de diferenças institucionais.

Daniel Pappen disse...

Daniel Pap.pen

iv)
(a) No primeiro par de países, Coreia do Sul e Coreia do Norte, a primeira apresenta um grande crescimento no PIB, especialmente a partir dos anos 70. A Coreia do Norte mantém-se praticamente estagnada, desde o início de sua série, em 1970. A atual diferença de riqueza é imensa em favor da Coreia do Sul. No segundo par, o crescimento maior é o do Chile, apesar de decréscimos no final dos anos 90. A Argentina mantém desde 1990 uma série de retomada no crescimento, sendo, inclusive, o atual maior PIB real per capita da América Latina. No terceiro par de comparações entre países, o PIB per capita do Zimbábue permanece praticamente o mesmo desde 1950, enquanto o de Botsuana passou por um grande crescimento, sendo mais que o triplo do valor do Zimbábue.

b) As instituições explicam nitidamente a divergência de resultados obtidos entre os países comparados. Os seis índices de governança apresentados revelam diferentes práticas governamentais que podem estimular o investimento em cada país, bem como a confiança de seus cidadãos na estabilidade que essas políticas proporcionam à economia. O resultado é o crescimento econômico. Isto serve até mesmo para diferenciar países contíguos, onde poderia haver a errônea ideia de que localização geográfica e dotação semelhante de recursos naturais poderiam ser mais significativas. A diferença está nos meios que cada país proporciona para a multiplicação e a possibilidade de divisão dessas riquezas.

v)
Responder a mesma questão acima utilizando a informação do índice de liberdade econômica torna-se diferente no sentido, principalmente, do processo político da intervenção governamental. Enquanto os seis índices de governança salientam o caráter político de eficácia e controle de governo (ainda que não esquecendo os mecanismos de mercado), no índice de liberdade econômica a importância está nos livres mercados. A restrita participação política consiste em proporcionar estabilidade monetária, a garantia da propriedade privada, a execução dos contratos, liberdade de comércio e baixos impostos.
Ainda assim, desta forma, na comparação dos seis países do exercício, mantém-se a coerência ao utilizarmos o índice de liberdade econômica. Os países com maiores taxas de crescimento do PIB per capita aparecem melhor colocados que seus “pares”: Chile 5º, Argentina 105º; Botsuana 50º, Zimbábue 141º; a Coreia do Sul é 32º lugar, onde não há dados da ditadura vigente na Coreia do Norte.

Daniel Pappen disse...

iv)
(a) No primeiro par de países, Coreia do Sul e Coreia do Norte, a primeira apresenta um grande crescimento no PIB, especialmente a partir dos anos 70. A Coreia do Norte mantém-se praticamente estagnada, desde o início de sua série, em 1970. A atual diferença de riqueza é imensa em favor da Coreia do Sul. No segundo par, o crescimento maior é o do Chile, apesar de decréscimos no final dos anos 90. A Argentina mantém desde 1990 uma série de retomada no crescimento, sendo, inclusive, o atual maior PIB real per capita da América Latina. No terceiro par de comparações entre países, o PIB per capita do Zimbábue permanece praticamente o mesmo desde 1950, enquanto o de Botsuana passou por um grande crescimento, sendo mais que o triplo do valor do Zimbábue.

b) As instituições explicam nitidamente a divergência de resultados obtidos entre os países comparados. Os seis índices de governança apresentados revelam diferentes práticas governamentais que podem estimular o investimento em cada país, bem como a confiança de seus cidadãos na estabilidade que essas políticas proporcionam à economia. O resultado é o crescimento econômico. Isto serve até mesmo para diferenciar países contíguos, onde poderia haver a errônea ideia de que localização geográfica e dotação semelhante de recursos naturais poderiam ser mais significativas. A diferença está nos meios que cada país proporciona para a multiplicação e a possibilidade de divisão dessas riquezas.

v)
Responder a mesma questão acima utilizando a informação do índice de liberdade econômica torna-se diferente no sentido, principalmente, do processo político da intervenção governamental. Enquanto os seis índices de governança salientam o caráter político de eficácia e controle de governo (ainda que não esquecendo os mecanismos de mercado), no índice de liberdade econômica a importância está nos livres mercados. A restrita participação política consiste em proporcionar estabilidade monetária, a garantia da propriedade privada, a execução dos contratos, liberdade de comércio e baixos impostos.
Ainda assim, desta forma, na comparação dos seis países do exercício, mantém-se a coerência ao utilizarmos o índice de liberdade econômica. Os países com maiores taxas de crescimento do PIB per capita aparecem melhor colocados que seus “pares”: Chile 5º, Argentina 105º; Botsuana 50º, Zimbábue 141º; a Coreia do Sul é 32º lugar, onde não há dados da ditadura vigente na Coreia do Norte.

Unknown disse...

Ao comparar cada par de países apresentados, podemos ver inicialmente o abismo de diferença entre os PIBs da Coréia do Norte e Coréia do Sul. A Coréia do Norte praticamente se manteve sem crescimento de 1970 até 2000, período analisado pelo gráfico. A Coréia do Sul, por contrário, vem experimentando um crescimento bem ecelerado, especialmente após a década de 1980, excetuando por um curto espaço de tempo ao fim da década de 1990, onde houve uma retração no país.
Comparando Argentina e Chile, países não tão distantes assim com suas rendas per capita, vemos um Chile mais equilibrado, com algumas quedas entre 1970 e início dos anos 1980, porém, crescimento nos demais momentos, inclusive bem acelerado após a última queda no início dos anos 1980, o que se segue até o final do período analisado. A Argentina por sua vez, apresenta um PIB per capital mais instável, com frequentes aumentos e quedas, o que fez com que fosse ultrapassada pelo Chile no final dos anos 1990 com relação ao PIB per capita, momento em que o Chile vinha de um longo período apresentando crescimento acelerado e a Argentina entrava em recessão mais uma vez, ao menos vemos uma melhora em seus dados no decorrer dos anos 2000.
Para terminar vemos a diferença entre Zimbábue e Botsuana. Semelhante ao ocorrido com Coréia do Norte e Coréia do Sul, vemos um Zimbábue com PIB per capita praticamente inalterado, com um sobre e desce constante e uma Botsuana experimentando um crescimento muito acelerado a partir de 1970. A diferença vemos que a Coréia do Sul sempre teve PIB per capita superior a Coréia do Norte, e aqui a Botsuana superou o Zimbábue na década de 1980.
Eu acredito que sim, mesmo os países estando lado a lado, os ítens analisados pelo Banco Mundial através do "Governance Matters" mostram nitidamente o que pode acontecer com um país com um determinado tipo de governo ou outro. A Coréia do Norte apresenta péssimos resultados em todos indicadores, enquanto a Coréia do Sul apresenta bons resultados. O chile mostra os melhores resultados em tudo, enquanto a Argentina só não perde para Coréia do Norte e Zimbábue, a Botsuana apresenta bons resultados também, mesmo estando ao lado do Zimbábue com péssimos indicadores.
Utilizando os dados publicados na "Economic Freedom of the World", acredito da mesma maneira que utilizando os dados do "Governance Matters", pode-se chegar a importantes conclusões sobre diferentes crescimentos econômicos entre países vizinhos. Acredito que ambos são tão fidedignos que se complementam, podemos ver até pelo "ranking" apresentado na "Economic Freedom of the World": Botsuana: 50 e Zimbábue: 141. Chile: 5 e Argentina: 105. Coréia do Sul: 30 e Coréia do Norte nem é apresentado de tão lamentável sua situação.

Unknown disse...

Anderson Oltramari Jaskulski 131981

Nos casos apresentados nesta questão, os países que experimentaram um crescimento mais rápido do PIB mantém se mais ricos na comparação dois a dois. No caso das Coréias, o governo da Coréia do Sul aumentou seu capitalismo após a guerra da Coréia na década de 50, enquanto o Governo da Coréia do Norte partiu para um governo autoritário e socialista. Como destacou Martin Wolf em seu artigo, são necessários alguns itens para obter desenvolvimento em um país como: políticas estáveis, eliminar (diminuir) a corrupção, um governo de boa qualidade, direito de propriedade privada e de contratos. Estes itens não são atendidos no país do norte e o resultado é visto no gráfico dos PIB onde mostra um PIB per capta quase dez vezes menor que a Coréia do Sul.
No caso latino americano o Chile permaneceu 40 anos sem muito aumento do PIB, a partir da década de 1990 quando deu um salto e ultrapassou a Argentina, que devido a um crise interna não pagou a dívida externa e devido a políticas executadas neste período fracassaram obteve queda no PIB. Por outro lado o Chile buscou combater a corrupção e obteve crescimento expressivo.
No caso africano o Zimbábue sempre figura nos piores índices econômicos no mundo e como reflexo aparece com um PIB baixíssimo, alta corrupção, falta de direitos e a hiper inflação que atinge o país desde 2000 são alguns dos agravantes do país. Já Botsuana efetuou um política fiscal eficiente a partir da década de 1970 e experimentou um crescimento alto de seu PIB superando alguns PIBs de paises em desenvolvimento – uma vez que Botsuana era um dos países mais pobres do mundo em 1970, logo após sua independência da Inglaterra.
Após o crescimento que a Coréia do Sul obteve como tigre asiático , ela aparece como nação mais rica entre estas seis.
Observamos nestes casos que Martin Wolf está correto em seu artigo, uma vez que onde se tem políticas estáveis, diminuição da corrupção, um governo de boa qualidade, direito de propriedade privada e de contratos foi onde obteve-se um maior aumento do PIB.

Sim, podemos observar que os países que obtiveram êxito nos itens da pesquisa que o Banco Mundial efetuou experimentaram crescimento de seu PIB e a regulação destes itens bem como a aplicação das políticas e leis dependem do Governo de cada nação.

Unknown disse...

(a) No par Coréia do Sul-Coréia do Norte, a Coréia do Sul apresentou crescimento mais rápido do PIB per capta e hoje é mais rica. Entre Argentina e Chile, este último apresentou crescimento mais rápido, chegando a ultrapassar a Argentina, que reassumiu a liderança nos últimos anos representados no gráfico. Já entre Botsuana e Zimbábue, o primeiro país experimentou crescimento mais acelerado e apresenta maior PIB per capta.
(b) Ao se comparar os dados dos pares de países em relação às seis dimensões de governança, fica claro que a qualidade de governo e a existência/qualidade de instituições são fatores de suma importância para o desenvolvimento das economias. Sem exceção nos nossos pares de exemplos, os dados são melhores para os países que experimentaram maior crescimento do PIB per capta. A comparação entre países vizinhos salienta o poder dos governos e de suas decisões nos rumos tomados, ora favorecendo o crescimento, ora sendo um empecilho para o mesmo fim.
Além disso, através do índice de liberdade econômica, é possível verificar que os mesmos países líderes nos pares estão também melhor posicionados no ranking mundial, segundo o relatório de 2009: Coréia do Sul (32º) x Coréia do Norte (--); Argentina (105º) x Chile (5º); Botsuana (50º) x Zimbábue (141º). Percebe-se que, quanto maior a liberdade econômica, melhores são demais indicadores dos países, o que leva a cenários mais favoráveis ao desenvolvimento.

Paulo Roberto S. Lunardi

Unknown disse...

6. a) Dentre os pares de países observados, os que apresentam mais rápido crescimento de PIB per capita são:
Coréia do Sul (entre Coréia do Sul e Coréia do Norte);
Chile (entre Chile e Argentina); e
Botsuana (entre Botsuana e Zimbábue).
Dentre estes três, o mais rico (que apresentou maior PIB per capita no ano 2000) é a Coréia do Sul.

b) Sim, acredito que a principal diferença entre os pares de países vizinhos está no papel desempenhado por suas Instituições. Por exemplo, enquanto o Chile é considerado o país mais confiável e desenvolvido da América Latina, a Argentina tem um recente calote em seu histórico. Isto que conseguimos observar “de fora” é apenas um reflexo dos problemas internos, como apresentou Martin Wolf em seu artigo, que são a corrupção, criminalidade elevada, regulação inapropriada ou ineficiente, dentre outros. Estes dados são muito importantes para compararmos países vizinhos, porque evidenciam as carências específicas de cada um, e nos ajudam a perceber também algumas qualidades apesar dos problemas.

b) Conforme índices de liberdade econômica:
Coréia do Sul..... 7,45
Coréia do Norte...
Chile............. 8,14
Argentina......... 6,10
Botsuana.......... 7,12
Zimbábue.......... 2,89
O índice de liberdade econômica classifica os países pelos seguintes critérios:
Tamanho do Governo;
Sistema legal e segurança dos direitos de propriedade;
Controle Monetário;
Liberdade para o Comércio Internacional; e
Regulação.
Da mesma forma que os índices do Banco Mundial, revela que os países de maior PIB per capita são também os de maior liberdade econômica. Nesta classificação o Chile encontra-se entre os 10 primeiros do mundo, enquanto o Zimbábue figura como último. Já à Coréia do Norte não foi atribuído índice, provavelmente pela inexistência de liberdade para comercio internacional. Acredito que as instituições são determinantes em todos os critérios, pois determinam, por exemplo, o tamanho do gasto público, a emissão de moeda, e atuam incentivando ou restringindo o comercio internacional.

Mírian da Silva Matos (142185)

Unknown disse...

1 A) No primeiro quadro, o país que mais cresce é a Coréia do Sul, sendo ela também o país mais rico de todos. Já no segundo quadro o país que cresce mais rápido é o Chile, que era mais pobre que a Argentina e hoje já tem um PIB per capita maior que a Argentina. E no último quadro Botsuana é o país com o maior índice de crescimento econômico e hoje já tem um PIB quase cinco vezes maior que seu país vizinho Zimbábue.

B) Uma análise institucionalista pode ajudar a explicar a diferença na taxa de crescimento econômico de diferentes países. Como se pode observar nos dados da pagina 28 do nosso livro texto e nos dados das tabelas do artigo Governace Matters VIII, a Coréia do Sul e Chile, por exemplo, possuem bons índices de controle de corrupção, de regras das leis, entre outros, e isso dá base para seus crescimentos econômicos. Bons índices de governança significam para investidores segurança, principalmente quanto à propriedade privada, favorecendo que novos investimentos entrem no país. Comparar países vizinhos ajuda, pois, normalmente, os países têm história, cultura, oportunidades e geografia similares. Assim, a diferença do crescimento entre os países deve ser a qualidade das políticas adotadas por eles.

BII) Quando olhamos para o índice de liberdade econômica vemos novamente Chile e Coréia do Sul, dentre os seis países do exercício, com os melhores índices, enquanto que Zimbábue ocupa a última colocação desse estudo e a Coréia do Norte não está relacionado no artigo. Assim, o índice de liberdade econômica também ajuda a explicar o crescimento econômico dos países. No índice de liberdade econômica também tem como componentes a qualidade das leis e da regulação, mas também comporta o tamanho do governo, a estabilidade da moeda e o livre comercio internacional. Assim, podemos afirmar que a qualidade das instituições ajudam sim no desenvolvimento dos países.

Unknown disse...

Comparando os pares de países com um maior crescimento do PIB, entre Coréia do Sul e Coréia do Norte, a Coréia do Sul teve um aumento do PIB após a Guerra das Coréias. Comparando Argentina e Chile, o Chile ultrapassou a Argentina, devido uma crise interna em que fez a Argentina não pagar sua dívida externa. Para o caso Africano, Zimbábue apresenta um PIB muito baixo, que é reflexo de políticas inadequadas, corrupção... tendo um PIB menor comparado a Botsuana, que efetuou políticas fiscais mais efetivas.
Segundo Martin Wolf, o bom desenvolvimento de uma economia depende de liberdade econômica, estabilidade e segurança, facilidade na regulação de contratos, repreensão ao crime, regulação de impostos, ou seja, uma melhor regulamentação. Os governos podem ser doença e cura para o crescimento de um país.

Aluna: Denise Rejane Mello da Silva

Marivia de Aguiar Nunes disse...

iv) Resolva os itens a e b do exercício 6 das pgs. 26 e 27. Publique sua resposta nos comentários.
Pares de países:
1)Coréia do Sul e do Norte;
2) Argentina e Chile;
3)Zimbábue e Botsuana.

a) Qual dos países em cada par tem maior crescimento do PIB real per capita?
Par 1: Coréia do Sul
Par 2: Chile
Par 3: Botsuana
No momento, o mais rico é a Coréia do Sul.

b) Você acha que as instituições podem explicar as diferenças de crescimento dos países?
As instituições são determinantes importantes para o funcionamento da economia de cada país, e a maneira como são conduzidas é fundamental para a prosperidade/fracasso das nações. O artigo de Martin Wolf apresenta de forma clara tal questão, destacando o governo como a principal instituição que define a trajetória de um país. O que o governo precisa fazer, para o autor, é relativamente simples. Na verdade, se tratam de coisas corriqueiras, isto é, deveriam ser o mínimo que uma nação teria de garantir aos que nela vivem. Então, o dilema é: com os governos agindo da forma como estão, tem-se ineficiência; sem eles, tem-se anarquia. Em vez de promover o necessário para as sociedades prosperarem, os governos acabam prejudicando-as, interferindo de forma negativa na economia com seus atos falhos, corruptos e contraproducentes. Infelizmente, eles são o problema e a solução – pois o que define um governo ser um ou outro é a forma como usa seu poder para afetar a economia.
Por que é útil comparar países vizinhos?
Países vizinhos não é o termo correto, mas sim países que apresentam semelhanças econômicas. Porém, pode-se supor que países vizinhos, por estarem muito próximos, são economicamente semelhantes.

v) Compare os países do exercício 6 usando a informação do índice de liberdade econômica acima. Responda novamente o item b.
As variáveis-base para a construção do índice de liberdade econômica são a escolha pessoal, a troca voluntária coordenada pelo mercado, a liberdade para entrar e competir no mercado e a proteção da propriedade privada de agressões alheias. Em seu artigo, Martin Wolf afirmou que tais variáveis, que corroboram com a existência de uma economia de mercado, são determinantes para que haja crescimento econômico em uma nação. Grosso modo, o índice de liberdade econômica pode ser entendido como uma compilação de todas as coisas que um país necessita para prosperar, supondo que uma economia de mercado seja o sistema ideal para propiciar tal fato. Desse modo, os índices de liberdade, quando analisados individualmente, comprovam que economias que adotaram o sistema de mercado estão de fato prosperando infinitamente mais do que aquelas que ainda não o fizeram, ou que o fizeram de maneira pífia. É importante lembrar que o principal agente responsável pela performance das variáveis que integram a pesquisa é o governo, isto é, uma das instituições mais importantes para a economia, o que leva à conclusão de que o desempenho uma nação é reflexo da atuação de suas instituições.

Anônimo disse...

iv) Itens (a) e (b) do Exercício 6 (IM):
(a) Os países com crescimento mais rápido em cada par, respectivamente: Coréia do Sul, Chile e Botsuana.
(b) Instituições são uma variável necessária, porém não suficiente, para explicar a prosperidade de uma nação. Wolf sugere que governos que agem de forma errada sobre a sociedade a qual estão submetidos criam empecilhos ao desenvolvimento da atividade econômica e, logicamente, à capacidade de criar riqueza. Instituições possuem a característica de criar incentivos aos agentes econômicos. Quando os incentivos criados ou estimulados são errados eles geram comportamentos disfuncionais por parte desses indivíduos, quando estes agirem buscando elevar seu bem-estar. Cabe ao governo garantir que os incentivos criados sejam tais que, quando os indivíduos atuarem na economia o farão gerando efeitos positivos, direta ou indiretamente.
A comparação entre países de território contíguo permite que se afaste da explicação hipóteses sobre a influência de variáveis não-econômicas como clima, composição étnica da população, distribuição de recursos naturais, entre outras que possuem, muitas vezes, influência marginal no desempenho econômico dessas nações. Como países contíguos possuem, na maioria dos casos, semelhanças físicas, essa comparação acentua a diferença que a economia pode gerar em seu nível de bem-estar.

v) Comparação dos países utilizando o Índice de Liberdade Econômica (ILE)
O ILE do Fraser Institute corrobora a percepção trazida pelos World Governance Indicators, pois mostra que na comparação entre os pares de países, aqueles que apresentaram melhor desempenho são também os que possuem maior liberdade econômica. É importante salientar que algumas variáveis que compõe o ILE são de responsabilidade de instituições governamentais, como a garantia do “império da lei” (rule of law) e a responsabilidade por resguardar o bom funcionamento da concorrência no mercado.
Logo, quando as instituições são lentas para garantir os direitos estipulados na lei, ou quando não resguardam direitos que deveriam ser bem protegidos, elas influenciam negativamente no funcionamento da economia de mercado, restringindo a liberdade dos indivíduos para aplicar seus recursos na geração de mais riqueza.

Unknown disse...

Conforme GOVERNANCE MATTERS 2009:

Coréia do Sul, Chile e Botsuana tiveram crescimento mais acelerado no PIB per capita e, estes também são os países mais ricos, dentre cada par.
A formatação das instituições é um componente explicativo do crescimento da renda dos países selecionados neste exercício. Afinal, os países com maior crescimento do PIB, dentre cada par, apresentam melhores índices de governança.
Os índices de governança também são úteis para melhor explicar as diferenças de PIB entre países de uma mesma região, pois estes tenderaim a apentar características semelhantes.

Conforme ECONOMIC FREEDOM OF THE WORLD 2009:

Os mesmos países que possuem o maior crescimento do PIB per capita também têm o maior crescimento do índice de liberdade econômica. Ou seja, os países com maior PIB per capita, dentre cada par, também tem maior liberdade econômica.
Comparando-se os índices de governança com os índices de liberdade econômica, tem-se que os mesmos são complementares. Países que têm liberdade econômica também têm melhor governança. Estes melhores índices também são acompanhados por maior PIB per capita.

Unknown disse...

Nome: Guilherme Augusto da Silva Nº 124247

Exercício 6 (página 27 e 28)

Parte I

a) Considerando os gráficos mostrados no livro percebemos que no decorrer dos anos 50 até o ano 2000, os países que experimentaram rápido crescimento econômico foram a Coréia do Sul, Chile e Botswana.
b) Os dados obtidos nos gráficos se comparados aos da tabela na página 28 nos permitem tirar algumas conclusões que são citadas por Martin Wolf em seu artigo acerca das instituições e qualidade de governo. Comparando os países percebemos que em todos os indicadores, dos países com maior renda per capita, têm resultados melhores. Isto ocorre principalmente devido a segurança que os investidores têm e o ambiente propício aos negócios, ou seja, um país com alto grau de corrupção, instituições que não funcionam, leis que não são cumpridas, instabilidade política e econômica, acabam não atraindo empresas e investidores, e os empresários locais ou são altamente incompetentes associados e beneficiados por um governo corrupto, ou não tem nenhuma chance de desenvolver seu negócio e contribuir para o crescimento do país.

Parte II

b) Conforme os dados da tabela abaixo, extraídos do Economic Freedom of the World 2009 Annual Report, fica contundente que esses indicadores mostram o caminho para o desenvolvimento, não há como se chegar a conclusões diferentes, a questão é se o caminho já é conhecido, por que alguns países simplesmente não o seguem? Creio que a resposta para isso seja porque quando a estrutura de uma sociedade é modificada gera muito receio de quem esta no poder perder o controle da situação e sua confortável posição. Quem faz a política e dirige o país não quer se arriscar e modificar as regras do jogo o qual eles já conhecem bem e têm o domínio, esse processo pode ser lento e gradual, os países mais maduros tanto politicamente quanto economicamente conseguiram fazer essa transição mais rapidamente e já colhem os frutos conforme pudemos perceber.


País Tamanho do Governo Sistema Jurídico e Direitos de Propriedade Poder da moeda Liberdade de comércio internacional Regulação
Argentina 7,4 4,4 7,1 6,4 5,2
Chile 7,9 7,1 9,1 8,5 8,0
Coréia do Sul 6,6 7,3 9,6 7,1 6,6
Coréia do Norte N.D. N.D. N.D. N.D. N.D.
Botswana 5,0 6,9 9,0 7,0 7,6
Zimbawe 4,2 3,5 0,0 2,4 4,4

Unknown disse...

Gabriela Lunardi de Almeida

6.(a) No primeiro par a Coréia do Sul apresentou crescimento mais acelerado do PIB p.c., no segundo foi o Chile e no terceiro par foi a Botswana. Atualmente o país mais rico é a Coréia do Sul que apresentou em 2008 PIB p.c. de $24.600,00, um aumento de 0,41% em relação ao ano anterior.

(b)Acho que as instituições explicam sim divergências tão grandes de produtos. Elas asseguram eficiência econômica bem como a representatividade dos agentes econômicos. A análise dos dados apresentados nos permite observar que a estrutura econômica está diretamente ligada com o grau de desenvolvimento e condicionamento das instituições.
Ajuda na comparação pelo fato de países próximos geograficamente apresentarem semelhanças no que diz respeito ao posicionamento quanto aos demais países do mundo e, muitas vezes, estrutura agrícola. Países tão próximos e que poderiam ser tão parecidos tomam rumos diferentes graças à condução política e econômica determinada em cada um.
Observando os dados do Banco Mundial e comparando os pares de países conforme as dimensões de governança, fica em destaque como as instituições têm papel importante no desempenho econômico e até mesmo social, em especial quando comparadas Coréia do Sul e Coréia do Norte, tendo a primeira índices elevados e a segunda praticamente nulos. Cabe o destaque para a diferença entre os governos, sendo o da Coréia do Norte uma ditadura absolutamente atrasada e sem qualquer qualidade e até mesmo participação das instituições na garantia dos direitos dos agentes.

Lúcia disse...

a.Países que mais cresceram: South Korea, Chile e Botswana. Obs. Também são os mais ricos.
b.Conforme Wolf(2004), maior grau de governança significa incentivo ao investimento, aumento de produtividade, etc. Pode-se considerar que um alto grau de governança está relacionada à redução de custos de transação e geração de externalidades positivas no sentido de "cooperação". Conforme Sen, poderíamos considerar governança como Capital Social. Esses indicadores, de fato, podem ajudar a entender ou projetar a economia de diferentes países. Maior governança pode significar um Estado mais democrático (em que exista um espaço maior e definido às negociações e, assim, amenização dos conflitos entre interreses internos). Ou seja, o Estado representa, de fato, um plano nacional.

Lúcia disse...

a. Países que cresceram mais rápido: South Korea, Chile e Botswana. Também são os mais ricos atualmente.
b. A amostra demonstra significativa correlação entre governança e indicadores. As instituições podem sim explicar as diferenças de crescimento entre esses países. Segundo Wolf (2004), um alto grau de governança significa a geração de um "clima' favorável ao investimento, aumento de produtividade, etc. Poderíamos acrescentar uma redução dos custos de transação e aumento das externalidades positivas tanto no âmbito econômico quanto social. De qualquer forma, quanto maior o grau de governança mais democrático o Estado em questão (ou seja, representa um plano nacional). E, por isso, esses indicadores podem ser um útil instrumento de comparação entre países e de projeções quanto ao comportamento futuro dos mesmos.

ANA PAULA MARTINS disse...

O autor ns expões as diferenças dos novos negócios em países desenvolvidos e subdenvolvidos, demonstra a importância de investimentos com capital interno e as articulãções que devem ser feitas para haver um crescimento econômico. Temos uma clara explicação da necessidade de uma interferencia dosada da intervenção estatal.

allanabbas disse...

Segundo o site http://www.bea.gov/scb/pdf/2007/07%20July/0707_ita_annual.pdf o déficit em contata corrente para os E.U.A. no final de 2006 foi de U$ 811,5 bilhões.

Os três gráficos indicam o cruzamento entre dois países em que um em determinado momento da sua história um tomou o rumo no sentido de menor liberdade econômica dificultando a prosperidade desse país, e em outro os rumos tomados foram de maior abertura, e com isso, hoje desfruta dessa decisão com boas expectativas de crescimento e maior inserção no mercado mundial. No primeiro gráfico é bastante nítida essa idéia devido ao contraste entre um regime democrático (Coréia do Sul) e um regime ditatorial (Coréia do Norte). A menor participação do Estado e a forte inserção no mercado internacional, principalmente na área de alta tecnologia, deram um salto no sentido evolutivo para a Coréia do Sul. Já no segundo gráfico, o Chile apresenta uma forte alta graças às mudanças em sua política econômica, principalmente movidas pelos ideais postulados e postos em prática por Milton Friedman; a Argentina sofre oscilações devido a problemas de ordem política e de desajustes de balança de pagamentos, além de calotes e intervenções do Estado como subsídios e taxações exacerbadas. Por fim, Botsuana e Zimbabue apesar de ambos serem países de extrema pobreza apresentam comportamentos opostos principalmente pela falta de planejamento que existe por parte do Zimbabue que vive momentos de extrema instabilidade civil, além de uma inflação que a cada dia atinge valores mais altos. Já Botsuana se mostra mais aberta e planejada.

allanabbas disse...

Segundo o site http://www.bea.gov/scb/pdf/2007/07%20July/0707_ita_annual.pdf o déficit em conta corrente para os E.U.A. no final de 2006 foi de U$ 811,5 bilhões.

Os três gráficos indicam o cruzamento entre dois países em que um em determinado momento da sua história um tomou o rumo no sentido de menor liberdade econômica dificultando a prosperidade desse país, e em outro os rumos tomados foram de maior abertura, e com isso, hoje desfruta dessa decisão com boas expectativas de crescimento e maior inserção no mercado mundial. No primeiro gráfico é bastante nítida essa idéia devido ao contraste entre um regime democrático (Coréia do Sul) e um regime ditatorial (Coréia do Norte). A menor participação do Estado e a forte inserção no mercado internacional, principalmente na área de alta tecnologia, deram um salto no sentido evolutivo para a Coréia do Sul. Já no segundo gráfico, o Chile apresenta uma forte alta graças às mudanças em sua política econômica, principalmente movidas pelos ideais postulados e postos em prática por Milton Friedman; a Argentina sofre oscilações devido a problemas de ordem política e de desajustes de balança de pagamentos, além de calotes e intervenções do Estado como subsídios e taxações exacerbadas. Por fim, Botsuana e Zimbabue apesar de ambos serem países de extrema pobreza apresentam comportamentos opostos principalmente pela falta de planejamento que existe por parte do Zimbabue que vive momentos de extrema instabilidade civil, além de uma inflação que a cada dia atinge valores mais altos. Já Botsuana se mostra mais aberta e planejada.

Ademar disse...

6.
a.Os países que mostraram um maior crescimento dentre os analisados foram Coréia do Sul, Chile e Botsuana. Dentre os três destaca-se a Coréia do Sul como a mais rica.

b. É notável que essa diferença entre os países está altamente correlacionada com a força das Instituições. pois através delas é que podemos ver se um país é confiável ou não e, é através dessa credibilidade que obtemos investimentos financeiros e podemos obter um maior desenvolvimento econômico.

B. ILE
O ILE corrobora a nossa análise de crescimento, mostrando que os países que têm um maior grau de liberdade econômica e instituições mais sólidas possuem um maior desenvolvimento econômico.